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Case IH Optum 300 CVX, alta potência em formato compacto

01/12/2016

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Por: João Sobral

A série Optum, que além do 300 CVX conta também com um modelo menos potente, o 270 CVX, posiciona-se num segmento entre os Puma e os Magnum. São tratores que conciliam alta potência, um peso em vazio de apenas 10,5 toneladas, mas que pode ir até às 16 toneladas de peso operacional, e uma distância entre eixos abaixo dos 3 m (2995 mm), o que não é frequente neste segmento. Esta reunião de características foi pensada para a agricultura europeia, onde a manobrabilidade e a versatilidade são fatores valorizados.

Motor com tecnologias de apoio à travagem
Equipado com um motor FPT, de 6 cilindros e 6,7 litros, adequado ao nível de emissões Tier 4F, e com transmissão de variação contínua de 4 gamas, o Optum possui inclui inovações para apoio à travagem, a começar por uma válvula de escape que limita a saída de gases. Mas há mais.
Quando o operador alivia por completo o pedal de condução, deixa de haver entrada de combustível e isso representa outra ajuda adicional. Por último, também as pás da ventoinha podem rodar para uma posição aberta, favorável à redução do regime do motor, o que aumenta em 40% o efeito de travão-motor.

Especificações técnicas

Manobra e estabilidade
Em opção o Optum pode ser configurado com o sistema Advanced ABS, que ao virar aplica um ligeiro efeito de travagem na roda do lado de dentro, para que a manobra seja feita num menor espaço.
Para maior estabilidade do conjunto, à suspensão da cabine, a Case IH juntou o eixo dianteiro suspendido, que conta com um cilindro hidráulico de cada lado. Estes cilindros fazem um curso vertical de 110 mm, e uma oscilação de 8°.
Ainda a propósito de estabilidade, os Optum possuem um carter reforçado, para suportar mais peso e reduzir o stress torsional sobre o motor.

Monitorização da pressão dos pneus
Um máximo de 16 válvulas podem ser monitorizadas através do terminal, o que significa que além dos pneus do trator, também se pode monitorizar os pneus de reboques e alfaias. Para tal, basta retirar as válvulas normais e colocar outras que enviam informação via wireless. Assim, o operador sabe sempre se os pneus estão com a pressão desejada, e é avisado pelo sistema se ocorrer um furo. O trator pode ser configurado com compressor, para que mesmo no campo se proceda ao ajuste de pressão.

-ler-mais-

Gestão de Cabeceiras HMC II
O software HMC II permite agora programar um maior número de parâmetros. Uma das possibilidades é programar a atuação da ventoinha em modo reversível no final das tornas para desobstruir o pack de refrigeração e as grelhas.

Medição de consumo com dinamómetros Sigma 5
Num dos tratores, a Case IH instalou dois dinamómetros, um em cada elevador hidráulico, e fez duas medições de consumo para demonstrar a vantagem de usar o modo económico da TDF.
Ambas as TDF foram ligadas a 1000 rpm, com o regime constante do motor a situar-se nas 1890 rpm. O dinamómetro da frente foi regulado para exercer sobre o motor um nível de carga de 50 cv, e o traseiro um nível de carga de 100 cv. O trator encontrava-se em deslocação, em chão plano, a uma velocidade de 12 km/h. Nestas condições, verificámos que o consumo instantâneo se situava nos 38 L/hora.
Na 2ª medição, ambas as TDF foram ligadas em modo 1000 rpm Eco, o que corresponde a um regime constante do motor de 1600 rpm. Foi exercido o mesmo nível de carga sobre ambas as TDF (150 cv no total) e foi mantida a velocidade de deslocação de 12 km/h. Nestas condições, o consumo instantâneo baixou para 36 L/hora. Ou seja, com este nível de carga, a poupança alcançada com o modo ECO situa-se nos 2 L/hora.

Apreciação
Conduzi o trator em estrada, com um reboque sem carga, num breve percurso com cerca de 7 km. Apesar da imponência do trator, e apesar da sua altura, manobra-se muito bem, é confortável, e transmite uma sensação de grande estabilidade.
Pude comprovar ainda que o sistema de gestão de cabeceiras está agora mais apurado. Uma vez feita toda a programação, o operador pode deixar a condução entregue ao sistema, e concentrar-se no desempenho da alfaia. 
Num modelo em que é difícil encontrar defeitos, a cabine é o elemento que destoa. Proporciona boa visão sobre a barra de puxo, nela é fácil encontrar uma posição de condução confortável, e a disposição de comandos é correta mas, apesar de tudo isto, já acusa necessidade de renovação. Dava jeito ter algum espaço para arrumação atrás do assento, pois a única zona livre é junto ao pilar A, do lado direito. Era igualmente bem-vindo um ajuste da coluna de direção acionado por pedal, bem como uma escova limpa para-brisas que abarcasse mais área.

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