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Teste em campo

Claas Axion 960 Terra Trac

04/03/2021

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Foi em Bohmte, na Alemanha, que tomámos contacto com o Axion 960 Terra Trac, finalista do TOTY na categoria de Campo Aberto.
Este modelo inaugura um novo conceito que foi pela primeira vez apresentado ao público na Agritechnica 2017, na altura ainda em fase de protótipo. Daí para cá, a Claas pôs em prática um exaustivo plano de testes e aperfeiçoamentos que culminam na produção em série e consequente comercialização.


Série Axion 900
Na variante de rodas, são cinco modelos, que preenchem um intervalo de potência entre os 325 e os 445 cv de potência máxima.

Na variante Terra Trac, a Claas propõe dois modelos: 930 Terra Trac e 960 Terra Trac, respetivamente com 355 e 445 cv de potência máxima.

Motor FPT e transmissão CMatic
O motor FPT apresenta faixas de potência constante entre as 1300 e as 1500 rpm, e entre as 1700 e as 1900 rpm, uma característica favorável ao desempenho a baixo regime. A transmissão, fornecida pela ZF, possibilita três intervalos de velocidade ajustáveis via monitor Cebis e alcança os 40 Km/h às 1450 rpm.


Hidráulico
Devido à configuração de rastos, os braços de hidráulico são um pouco mais compridos do que na versão de rodas, o que reduz ligeiramente a capacidade máxima de elevação.


Estrutura modificada
O 960 Terra Trac não é um trator ao qual se removeram as rodas para colocar rastos. É um modelo modificado estruturalmente para utilizar exclusivamente rastos na traseira.

Do meio para trás sofreu diversas alterações. No lugar do depósito estão a escada e a plataforma de acesso à cabine, e em redor dos guarda-lamas ficou espaço livre que foi aproveitado para oferecer um depósito de 860 litros (+220 litros do que a versão de rodas), para trabalho em contínuo até 12 horas sem reabastecer.

Também a ligação dos rastos à driveline foi reinventada, não sendo assegurada por um eixo traseiro (bainhas). Em substituição desse componente, existe uma amarra pivotante e, independente dessa amarra, um cardã de transmissão.

 
Sistema de rastos Terra Trac
A Claas acumula uma larga experiência com os sistemas de rastos de fabrico próprio, aplicados nas ceifeiras-debulhadoras Lexion e mais recentemente nas automotrizes Jaguar.

Ainda assim, a marca deparou-se com a necessidade de readaptar bastante o sistema. Nas máquinas da linha de forragem, o suporte de carga é o elemento essencial, e nos tratores é a tração. Por isso, os rastos estão equipados com um diferente piso das bandas e modificações nas engrenagens, com destaque para uma roda traseira de maior diâmetro, para ter mais superfície de contacto.

Os blocos Terra Trac apresentam um ângulo pivotante à frente (8%) e atrás (15%) e a tração é transmitida aos rastos através de um veio de cardã telescópico externo que segundo a marca não requer manutenção. A força de travagem é transmitida também através deste veio.

Segundo a Claas, este sistema proporciona +30% de área de contacto com o solo do que um trator com rodas, o que se traduz em +15% de potência de tração e -50% de compactação do solo.



Distribuição de peso
Os Axion são conhecidos por terem uma distribuição de peso repartida a 45%-55% por ambos os eixos. Na variante Terra Trac, muda para 35%-65%, o que reduz a necessidade de lastrar a frente e permite aplicar pressões mais baixas nos pneus. 

Comparativamente com os tratores de rastos de apenas duas bandas, em que ao levantar-se a alfaia grande parte do peso fica concentrado na zona traseira dos rastos, formando picos de compactação, a Claas refere como vantagem do seu sistema uma mais homogénea distribuição da carga.


Largura das bandas
Nos tratores em teste estavam instaladas bandas de 735 mm. Com esta medida, o raio de viragem é semelhante ao de um Axion 960 com pneus de 710 mm. A marca propõe mais duas larguras: 635 e 890 mm.



Preço
O PVP do Axion 960 Terra Trac no mercado português é de 353.000 Eur + IVA.

 

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