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Claas moderniza as operações em França

11/04/2020

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As operações da marca alemã em território francês deram lugar à criação de uma unidade de negócio autónoma, a Claas Tractor SAS. Existe a partir do momento que a companhia adquiriu a Renault Agriculture, em 2003.

Desde então, os locais que compõem o puzzle francês têm sido alvo de um avultado investimento, com especial enfoque na fábrica de Le Mans, para onde já foram canalizados mais de 50 milhões de euros. Agnès Pokorny, responsável de comunicação, guiou-nos numa visita a esta fábrica e falou-nos do plano de modernização Claas Forth que está a ser implementado.


5 principais séries são produzidas em França
As operações da Claas em França desenvolvem-se em diferentes locais e incluem a GIMA, uma parceria com o Grupo AGCO para as transmissões, localizada em Beauvais.
Mas é em Le Mans, no espaço de onde anteriormente saíam os Renault, que a Claas produz hoje a maioria dos seus tratores, designadamente as séries Arion 400, 500 e 600, e as séries Axion 800 e 900. Em Le Mans já foram produzidos mais de 150.000 tratores com as cores e o DNA da Claas.

Os modelos de baixa potência das séries Nexos, Elios e Atos são fabricados em Itália, provenientes de parcerias com a Carraro Agritalia e com o Grupo SDF, e o maior do portfólio, o Xerion, é produzido internamente em Harsewinkel, na Alemanha.
A série Arion 400 é a que maior saída tem, representando 26% do volume, logo seguida pela série Arion 600, representando 23%, e pela série Axion 800, representando 18% da produção total de tratores.  
Para além da gama europeia, a Claas fabrica também tratores de baixas especificações para mercados sujeitos a menor regulamentação.

Uma revolução na fábrica de Le Mans 
Quando vemos uma planta da fábrica referente ao início do século percebemos que são impressionantes as alterações já feitas. Mas ainda há caminho a percorrer até que o plano Claas Forth fique terminado.
A reorganização da fábrica, que envolve vários departamentos da Claas e um consultor externo, tem em vista gerir de forma mais eficiente a complexidade de processos, otimizar fluxos logísticos, modernizar a área de I&D, instalar equipamentos mais modernos, e melhorar as condições de trabalho dos funcionários.
É um grande desafio, sobretudo porque as obras vão sendo feitas sem parar uma linha de produção de onde saem 90% dos tratores vendidos pela Claas.


Ritmo de produção adapta-se às encomendas
A fábrica esteve limitada a nível de capacidade de produção, mas esse condicionamento foi ultrapassado.
A linha de montagem principal pode andar mais depressa ou com ritmo mais pausado, dependendo do objetivo definido pelo setor de produção. Nos períodos em que há maior solicitação, normalmente no verão, a Claas recorre a trabalhadores temporários que mantêm um regime de ligação à fábrica. Num país onde a atividade sindical é muito forte, existe uma constante comunicação entre os sindicatos e a direção da fábrica para planeamento.
 

 


Mais de 300 fornecedores
Os motores provêm da JDPS (John Deere Power Systems) e da FPT Industrial, e as transmissões provêm da GIMA, da ZF, e da Claas em Paderborn. A Dana e a Carraro fornecem os eixos dianteiros.

As cabines chegam despidas, oriundas de um fornecedor local, e são recheadas numa linha de montagem separada, primeiro com a eletrónica e depois com a parte física. Quanto a capôs e guarda-lamas, estes chegam pintados, prontos para aplicação.
São 300 os fornecedores a que a fábrica recorre, com 60% dos componentes a serem provenientes de França.


Automatização
É já considerável o nível de automatização que vemos na estrutura fabril de Le Mans, seja na secção de pintura, seja na movimentação de componentes ao longo da linha.

Foram adicionadas passagens aéreas sobre as linhas de montagem que transportam as drivelines (a base constituída por eixo traseiro, transmissão e motor) para a fase seguinte de montagem. E ainda há componentes que chegam às respetivas estações de montagem transportados por veículos de condução autónoma.
Também o armazenamento de pequenas peças foi otimizado. Existe agora um ‘supermercado’ com prateleiras em altura, sendo a gestão do stock feita por um robot que as coloca e retira das respetivas prateleiras.


 

Internacionalização
Após passar a Claas Tractor, a empresa deu um grande avanço no campo da internacionalização. No tempo da Renault, só 35% dos tratores produzidos iam para exportação. Atualmente, esse volume passou para 75%. França continua a ser o principal mercado, absorvendo 21% dos tratores, estando a Alemanha na segunda posição, absorvendo 20%.



 

 

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