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Covid-19: retalhistas do Reino Unido pedem mais alimentos às explorações agrícolas

19/03/2020

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Segundo relata a publicação digital Farmers Weekly, o trabalho temporário nas quintas britânicas empregam usualmente cerca de 70 mil trabalhadores temporários, a maioria dos quais estrangeiros. Acontece que, por razões sanitárias, os controlos fronteiriços à entrada no Reino Unido estão muito mais apertados, o que está a ter fortes efeitos na quantidade da produção agrícola.

A situação tende a agravar-se pois a carência de vegetais já começa a fazer-se sentir e a época de colheita de frutas macias começará no próximo mês. Sem mão-de-obra suficiente para a recolher, as empresas de trabalho temporário procuram desesperadamente estudantes, desempregados e trabalhadores que estão atualmente sem atividade por força do impacto Covid-19 para ocuparem aqueles lugares.

A diretora de uma dessas empresas disse mesmo que é crucial que a força britânica de trabalho vá para o campo ajudar a alimentar a nação, pois o comércio local e os supermercados estão a ficar com as prateleiras vazias.

As mudanças de comportamentos da população têm contribuído para tal facto, pois a maior permanência em casa faz com que adquiram mais quantidade de alimentos nos pontos comerciais e não nos restaurantes.

O primeiro-ministro Boris Johnson já pediu sensatez na corrida aos supermercados. "Estamos absolutamente confiantes de que as nossas cadeias de suprimentos estão a funcionar e continuarão a distribuir alimentos", disse em conferência de imprensa, terça-feira. "As pessoas não devem ter motivos para encher as despensas, ou para comprar produtos alimentares por pânico".

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