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E quando é preciso repor um arco?

23/03/2021

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João Pimenta, diretor comercial da Valtra em Portugal

“Desde 1991 que a Valtra, Valmet à época,
só fabrica tratores com estrutura de segurança contra capotamento, seja sob a forma de cabine aberta, cabine fechada, ou arco de segurança basculante para os tratores especialistas. Todas as estruturas têm homologação OECD ou EU para o respetivo trator, fazendo parte integrante do mesmo.
 
A Valtra fornece peças de reposição para qualquer trator durante pelo menos 10 anos. O componente está listado no catálogo de peças com referência e preço. Para além deste período de 10 anos, tem que ser verificada essa disponibilidade por parte dos fornecedores de fabricar essa estrutura, caso ainda possuam os respetivos instrumentos de fabricação. Se existirem, é necessário verificar a viabilidade económica de produção de unidades individuais a preços comportáveis.
 
Dado que as estruturas de proteção contra capotamento têm que cumprir rigorosamente os critérios de aprovação, estas não podem ser fabricadas e posteriormente vendidas por terceiros sem a respetiva aprovação da fábrica [da Valtra], pelo que torna praticamente inviável obter uma estrutura ROPS fora do âmbito da marca. Cada estrutura tem uma chapa de identificação da marca e só a marca a pode colocar”.

 

Fernando Garcia, diretor comercial da New Holland Portugal

“A New Holland pode oferecer, através do departamento de peças, arcos de proteção pelo menos para os tratores produzidos nos últimos 10 anos, embora tenha ainda esta peça para outros modelos mais antigos. O preço varia de série para série.


 
No entanto, para cumprir a legalidade, o arco de proteção tem que ter cravada a chapa de homologação original e este elemento não é disponibilizado com o arco fornecido como peça. O arco como peça está pensado para ser fornecido quando o arco original sofre um dano e se consegue transferir a chapa de homologação do arco original para o substituto. Quando o cliente não tem esta chapa, pode montar um arco substituto mas não consegue tornar este arco legal por falta de um elemento fundamental.
 
Por maioria de razão, face às normas atuais, qualquer arco fornecido por uma empresa externa não conseguirá tornar o trator legal”.

 

E quando apenas precisa da parte rebatível em forma de U?
É pouco frequente que um arco seja adulterado ou retirado ao nível das amarras e/ou dos dois pilares fixos que, por norma, estão ligados ao eixo traseiro. É num destes elementos que costuma estar cravada a chapa de homologação.
A estrutura superior dos arcos, em formato de U, é aquela que mais frequentemente foi alterada ou removida.
Posto isto, o preço associado à reposição da parte rebatível do arco tende a representar um custo que é comportável face ao valor de mercado do trator.
O proprietário pode solicitar esta peça junto da marca ou pode procurar uma peça original no mercado de peças usadas.

O esclarecimento da DGADR
“Aquando da homologação de fábrica do trator, são definidos os modelos dos componentes que o compõem, nomeadamente os modelos de cabine ou arco de segurança que poderão ser incorporados para serem vendidos. Existe uma ficha técnica e folha de aprovação que indicam claramente quais os tipos de cabine ou arco que cada modelo poderá levar. Não tendo o arco de origem, e o sistema de acoplamento ser de aparafusamento, poderá obter, junto do fabricante do trator, um arco compatível com esse modelo, mas sempre cumprindo com as exigências de fábrica, ou seja, definidas pela homologação do trator” esclarece fonte da DGADR.
Uma peça de reposição não terá o mesmo número de série da peça de origem mas terá de ser inteiramente semelhante. “Terá obrigatoriamente que cumprir os requisitos que esse trator assim exigiu, aquando do seu fabrico e respetivos ensaios de segurança, na altura realizados”, acrescenta a DGDAR.

 

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