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“Esta feira foi uma homenagem ao homem que era pai, patrão e parceiro”

24/07/2022

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"Desde a primeira edição que a Unitractores está presente na Expoflorestal e em 2022 tal coisa não poderia deixar de acontecer”, começou por referir o responsável. “Porém, este ano, muito mais pobres devido à partida do pilar desta empresa, o meu pai Rogério. É algo demasiado recente, no entanto, o meu foco prende-se em seguir o seu legado como me foi ensinando ao longo dos anos. Esta feira foi uma homenagem ao homem que era: pai, patrão e parceiro, que apesar da sua partida, eu tento agora fazer o caminho sem a sua companhia, sem a sua bênção, sem o seu apoio”.
“É difícil ter que tomar o leme deste barco principalmente de uma forma tão repentina e inesperada e num momento tão inóspito. Porém, tenho a certeza que apesar de não estar cá fisicamente ele continua a ser o meu parceiro e a acompanhar-me diariamente e continuamos a ser a equipa fantástica que fomos”, partilhou.

 


A sorte dá muito trabalho
“Os últimos anos da Unitractores têm sido gloriosos”, assim, sem rodeios, respondeu Rodrigo Carvalho à nossa pergunta de abertura sobre como tem corrido o negócio. “Desde 2017 que apresentamos crescimentos consecutivos atipicamente altos, alavancados também na nossa colaboração com o ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas)”, explicou. Mas não se pense que tudo é sorte. “Ela (a sorte) só aparece uma vez. Se não a cuidarmos o crescimento não se mantém. Existe muito esforço e dedicação, suor, sorrisos e lágrimas”, afirmou. Recorde-se que desde 2019 que a Unitractores tem fornecido equipamentos e prestado assistência aos lotes de máquinas, que têm sido ganhos e adjudicados em concursos públicos internacionais pela Unitractores ao ICNF. “São já largas dezenas de equipamentos vendidos por nós e gerir tudo isso não é fácil”, completou.

 


Pinho é tabua de salvação dos empreiteiros florestais
O setor florestal representa 95% do faturado da Unitractores, por isso, pedimos a Rodrigo Carvalho uma análise ao setor. “Os empreiteiros florestais têm, neste momento, uma “tábua de salvação”, que é o pinho, que está em valores nunca antes vistos. No entanto, à velocidade a que se está a cortar, vai acabar depressa”.  Já relativamente à biomassa, o responsável considera que em Portugal está, praticamente, “no seu expoente máximo”: “O problema é a forma como é encarada no nosso país: não é vista como um subproduto de outra coisa”.
Para levar a cabo os trabalhos na floresta tem-se assistido a uma evolução dos equipamentos ao dispor dos empreiteiros florestais. “Ao nível da capacidade de trabalho e fiabilidade dos equipamentos é bastante notória (a evolução). Se recuarmos dez anos, vemos que toda a maquinaria florestal sofreu uma grande evolução. Há preconceitos que se mantêm mas que tento combater todos os dias. Por exemplo, a aversão aos joysticks aplicados nas gruas. Hoje em dia, um comando elétrico montado numa grua num trator já está a um nível aproximado dos das máquinas de rechega. A verdade é que, quando experimentam, acabam por dar razão”, explicou. “Depois há o outro lado, supostamente em defesa do ambiente, com todos os requisitos ao nível das emissões a que as máquinas e tratores têm de obedecer, que provocaram uma marcada alteração nas potências”, acrescentou antes de concluir: “Antigamente trabalhávamos com tratores de 120 cv e hoje vamos quase nos 200 cv para obter praticamente o mesmo desempenho”.

 

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