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FIMA 2018: Rocha termina reestruturação [entrevista]

11/05/2018

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A FIMA 2018 foi um marco especial para a Pulverizadores Rocha, afinal, concluiu o projeto de reestruturação da empresa, em áreas tão diversas como o lançamento de uma nova imagem corporativa, o completar da gama de produtos, a ampliação do espaço físico da empresa e a modernização dos processos de produção, através da adoção do Lean Production System.

Estes foram os principais temas da entrevista que fizemos a Sérgio Oliveira, Diretor de Marketing e Comercial da Pulverizadores Rocha, Sa. No já habitual pavilhão 2 encontramos o
agradável stand da “Rocha”, nome pelo qual Sérgio Oliveira habitualmente chama à empresa que dirige. “É um hábito…” desabafa em início de conversa. E, por hábitos ou alteração destes, começa a nossa conversa.

Pergunta: Na última vez que nos encontrámos, contava-nos o Sérgio que a empresa atravessava uma restruturação importante a vários níveis, inclusivamente com a aquisição de novas instalações. Em que fase está?

Resposta: Esta FIMA 2018 acaba por representar para a Pulverizadores Rocha o culminar de uma série de investimentos que foram feitos ao longo destes últimos anos, seja ao nível da marca, seja ao nível de produtos, e das instalações, dir-lheia que esta Feira marca a conclusão de todo esse processo. Foram vários anos em que nós fomos investindo nestas diversas áreas e diria que hoje as coisas estão concluídas.

Já são visíveis alguns efeitos deste processo de reestruturação?

Penso que ainda não, até porque dentro desta reestruturação, fizemos uma alteração do processo produtivo. Nesta alteração do processo produtivo eu diria que o que está concluído, em termos objetivos, é a primeira fase, que foi a parte da construção do edifício. Relativamente às novas instalações, nestes últimos anos a Rocha adquiriu dois novos armazéns, no fundo, duas novas unidades de produção, cada uma com cerca de 5000 m2, onde desde o final de 2017 ficou concluída a parte de construção. Ou seja, o edifício está munido de todas as valências necessárias para darmos seguimento ao projeto que tínhamos em termos de linhas de produção.

Agora, o retorno deste investimento será mais à frente porque neste momento está em curso a mudança das linhas de produção da fábrica antiga para a fábrica nova. Esta mudança não será direta.

Pensámos, estudámos, ponderámos uma série de questões, e achámos que, neste momento, a melhor solução para a Pulverizadores Rocha seria aproveitar esta mudança da unidade industrial antiga para a unidade industrial nova para implementar um novo processo de fabrico. Processo esse que nós decidimos, tendo em conta um estudo que fizemos, que deveria passar por aplicar o Lean Production System (termo ocidental para o Toyota Production System) ao nosso sistema produtivo. Para tal fizemos um acordo com o Kaizen Institute, que nos está a apoiar neste processo de mudança.

Não será uma transição tão rápida como se fosse uma simples mudança, porque isso seria apenas retirar aquilo que existia de uma unidade e colocar na outra, e aqui não. Falando em casos concretos: neste momento já transferimos a linha dos distribuidores de adubo, que já está a funcionar nas novas instalações a 100%. Transferimos também a linha que fabrica as turbinas (apenas a turbina em si). Todas as turbinas que equipam os nossos pulverizadores são fabricadas por nós, e também já está a funcionar nas novas instalações a 100%.

Tudo o resto está na unidade antiga. Esperamos dentro dos próximos dois meses focar nos pulverizadores suspendidos e rebocados, dando depois seguimento ao resto dos produtos. Quando mudámos não foi apenas mudar aquilo que tínhamos no edifício antigo e colocar no novo. Não, antes disso foi realizado um estudo aprofundado de todo o processo de fabrico associado a cada produto.

Que fatores tem em consideração esse estudo?

A qualidade do produto final, a ergonomia e facilidade de trabalho para o operador que está a fazer a montagem, e vários outros fatores que, no final do dia, concorrem para a melhoria da produtividade, que é o verdadeiro objetivo.

Esse aumento da produtividade acabou por ser definido por nós como um dos pilares do projeto. Porquê? Porque aquilo que nós pretendemos de facto quando tivermos este projeto todo concluído é uma maior rapidez no processo de construção, de forma a termos maior flexibilidade, conseguindo dar uma resposta mais rápida àquilo que é o pedido do cliente. Queremos encurtar os tempos de espera dos clientes após a colocação da encomenda.

É o décimo segundo ano consecutivo da Pulverizadores Rocha na FIMA. Qual é a importância
do mercado espanhol para a Rocha?

O nosso investimento na FIMA não visa apenas o mercado espanhol. É verdade que a Feira se realiza em Espanha e não é mentira que o mercado espanhol é uma das nossas prioridades, mas sabemos que este certame recebe a visita de pessoas de outras latitudes, de outras zonas geográficas. Para além disto, a nível de Península Ibérica é uma Feira com um peso muito grande. Portanto, é uma aposta no mercado espanhol mas não só. Completa toda a estratégia que a empresa tem.

De facto, foi prioritário para a Rocha ter, nos últimos anos, um projeto de internacionalização bem definido e concreto, de forma a conseguirmos sedimentar a presença da marca em mais países. Por outro lado, e independentemente disso, a Rocha continua a ter como base o mercado português, nunca iremos descurá-lo, e a FIMA acaba por ter essa ligação porque verificamos que hoje grande parte dos clientes portugueses, sejam os clientes finais, sejam os distribuidores (no fundo, o primeiro cliente da Rocha), visitam em grande número a FIMA.

Nesta estratégia de internacionalização, existe algum mercado prioritário?

Não, diria que tem havido uma evolução. Primeiro, pela proximidade geográfica, Espanha e França, tornaram-se fundamentais. Em determinada altura, a própria ligação que Portugal tinha com algumas ex-colónias em África também, de certa forma, influenciou os mercados de exportação, e, a partir daí, fomos identificando aqueles mercados que no nosso entender estavam mais acessíveis ao produto que a Rocha tinha e tem.

Falando da oferta de Produto da Rocha, qual é o caminho a seguir?

Em termos de produto temos o nosso caminho bem trilhado ao nível do que é a “trilogia” que a Rocha oferece em termos de gama.

É composta pela pulverização, e dentro da pulverização os pulverizadores de jato transportado e os pulverizadores de jato projetado, pela área dos distribuidores de adubo, e, finalmente, dos equipamentos para vinha. Este é o caminho que nós queremos seguir. Dentro destas três áreas queremos ter os melhores produtos e todos adaptados aos mercados onde estamos presentes.

Neste último ano a estratégia da Rocha passou muito por completar as gamas que tinha, dentro da tal trilogia. Com vista a esse objetivo, fomos introduzindo alguns produtos novos em cada uma destas gamas, e, por outro lado, fomos munindo as já existentes com um leque mais amplo de acessórios ou de equipamentos opcionais, por forma a que o cliente tenha uma possibilidade maior de adaptar as máquinas às suas necessidades. Isto porque, hoje em dia, mesmo estando o produto “pronto” nunca pode ser visto como um produto acabado.

O desafio para os próximos meses, passa por concluir a mudança de todas as linhas de produção para a nova unidade industrial, sem afetar o nível de serviço prestado ao cliente. Acreditamos na melhoria continua e acreditamos que no final deste projeto estaremos mais bem preparados para enfrentar os desafios seguintes.

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