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Gestão da água. Eficiência e modernização são os novos desafios do regadio

09/10/2018

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Um terço do consumo da água disponível na Europa é utilizada pela atividade agricultura, valor que no quadrante sul do continente aumenta para 80%. Ainda que o clima o obrigue, é muito, sustenta a Agência
Europeia do Ambiente, em jeito de alerta crítico, ao mesmo tempo que adverte para um cenário ainda mais dramático imposto pelas alterações climáticas a que todos têm de se acostumar. Chove pouco quando deveria chover mais; há precipitação intensa e concentrada em curtos períodos; verificam-se diferentes valores de água nos solos em territórios contíguos ou adjacentes que não estavam habituados a tais assimetrias.

Aquele organismo que monitoriza o estado da água também exerce um magistério pedagógico ao fornecer pistas para se atingir o objetivo da racionalidade do uso e a sustentabilidade do recurso, ao propor medidas e boas práticas. Vai advertindo que as reservas subterrâneas devem ser poupadas, concede na necessidade de maior retenção das águas superficiais, aponta caminhos para a modernização do regadio, do transporte e disponibilização da água às plantas. Pela eficiência sugere mais tecnologia.

Em Pegões, a revista abolsamia visitou uma exploração frutícola onde o investimento não é visto meramente como um custo, mas sim como uma aposta de futuro, baseada na racional gestão da água e das modernas tecnologias associadas que conduzirão a uma produção mais eficiente, com menores custos energéticos e consideráveis poupanças de água. Não muito distante, a Federação de Regantes diz como se tem gasto menos água, como vai tentar convencer Bruxelas a novos e melhores apoios e as ideias que tem a respeito das energias alternativas e limpas. O sol, garante, também pode ser um grande aliado do agricultor.

Os especialistas em agronomia, de hidráulica e informática mostram os mais recentes argumentos que podem muito auxiliar a produção, e em como uma cuidada monitorização da instável meteorologia pode estar ao serviço do trabalho no campo. A agricultura de precisão deixou de ser um tabu, o conhecimento está disponível e mais acessível. Só é preciso alguma mudança cultural dos hábitos.

E na linha do horizonte há um novo Alqueva em perspetiva. É a sociedade civil a mexerse, inconformada com a falta de água, ou com o excesso dela quando não é tão necessária. Com a modernização, canalização e transporte de grandes volumes hídricos para regiões mais necessitadas o Tejo receberia um novo impulso para motorizar o desenvolvimento do Ribatejo, Oeste e Setúbal, não só na vertente agrícola, mas também em outras vertentes tão diversas como o turismo e a natureza. O Projeto Tejo pode assustar pelo volume de investimento, mas já está a agitar algumas consciências. Haverá resistências, mas pode bem ser que seja também uma questão de mentalidades.

Leia aqui o artigo completo - Especial Água 
 

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