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Quatro anos na aplicação de ozono

10/10/2024

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Das lavadoras aos kits de ozono
A Stagric é uma sociedade por quotas que nasceu em 1986 com três sócios e sediada em Torres Vedras. Numa primeira fase a empresa dedicava-se quase exclusivamente à venda de máquinas de pulverização, lavadoras de alta pressão, e motocultivadores. Mais tarde foi-se especializando na pulverização. Há cerca de 20 anos foi introduzida a gama de equipamentos para a mecanização da vinha, como as despampanadeiras, pré-podadoras e varredoras,  barras interfilares, e outros equipamentos feitos à medida das necessidades dos clientes, que hoje representam uma parte importante da faturação.

Há cerca de quatro anos, a Stagric começou a investigar e investir na aplicação de ozono em culturas agrícolas. Assim, a empresa iniciou a comercialização de kits para ozono através de um parceiro espanhol. Ao fim de um ano, passou a fabricar os seus próprios kits, com uma sistematização e montagem diferentes. Atualmente, após quatro anos, existem cerca de 30 kits a trabalhar por todo o país.
“A Stagric iniciou a construção de kits para aplicação de ozono na agricultura em pulverizadores agrícolas, em 2020. Ao longo destes quatro anos procurámos obter conhecimento fora da empresa e em centros de conhecimento, nacionais e estrangeiros. Desenvolvemos a nossa própria solução e podemos hoje garantir que dominamos o processo de fabrico”, explicou João Elias, Diretor Geral da Stagric.

Primeiro estranha-se
“Apesar de já ser bastante utlizada há mais de dez anos em países como Espanha ou na América do Sul, em Portugal é relativamente recente”, começou por explicar Francisco Patrício, Diretor Comercial da Stagric. “Neste tema da utilização do ozono, além de construirmos as máquinas estamos também a fazer um trabalho de divulgação e explicação, não só das vantagens, como também das boas práticas. Sabemos que é um caminho longo, mas acreditamos que é uma solução de futuro”.

Vantagens
“A primeira coisa que dizemos aos nossos clientes é que o ozono não resolve tudo,” começou por explicar João Elias. “Resolve uma parte substancial do problema, sem deixar resíduos e sem custos.” A grande vantagem do ozono, especialmente na produção de fruta e hortícolas, é a obtenção de um produto de “resíduo zero”, cada vez mais procurado especialmente pelas grandes superfícies. Além disso, a utilização de ozono permite uma redução significativa dos custos, pois diminui, ou até elimina, a necessidade de produtos fitofármacos. “Os únicos consumos são água e bateria do trator”, sintetizou João Elias. Outra vantagem significativa é a durabilidade do equipamento, que, ao trabalhar apenas com água pura, sofre um desgaste muito menor.

“Quanto custa?”
É a pergunta que mais habitualmente é colocada aos responsáveis da Stagric. No entanto, na opinião de Francisco Patrício, a questão que deveria ser feita é “quanto poderemos vir a beneficiar?”. “Nós temos estas máquinas a trabalhar em muitas culturas - desde a vinha, às árvores de fruto - em contextos muito diferentes, pelo que é muito difícil responder à questão do “quanto custa” pois vai sempre depender de quanto é que cada agricultor gastava, de quantos tratamentos fazia. Um agricultor que faça 10 a 12 tratamentos por ano, poderá fazerentre 60% a 80% dos tratamentos com ozono, e estará apenas a aplicar água, não gastará em produto químico. Se num tanque de 2000 litros de água colocar 1400 euros de fitofármaco para fazer 2 a 3 hectares… veja a poupança que consegue com a aplicação do ozono” sintetizou.

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