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Semi-reboques na colheita de culturas de alto valor?

10/10/2024

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A mecanização da colheita de culturas especializadas, como a vinha, o olival ou o amendoal, através da utilização de máquinas de colheita, quer rebocadas quer automotrizes, levou a um aumento exponencial da rapidez e da eficiência, permitindo otimizar custos e fazer face à escassez de recursos humanos. No entanto, a altura de inclinação máxima sob tegão das máquinas de colheita é, por regra, inferior à altura necessária (mais de três metros de altura), o que limita a dimensão dos reboques para os quais pode fazer a descarga. Reboques mais pequenos, e com menor capacidade de carga, exigem um maior número de voltas, tratores e operadores, aumentando os custos. Assim, o agricultor foi em busca de soluções que lhe permitissem utilizar reboques com maior capacidade. Começam, então, a chegar ao mercado os reboques elevatórios que permitem a descarga da máquina e conseguem depois carregar um semi-reboque graças à sua capacidade de elevação a mais de três metros de altura.

Um exemplo na vinha
Bruno Casqueiro, agricultor do distrito de Almeirim, e que explora em parceria com outras duas empresas 140 hectares de vinha, adquiriu nesta campanha um reboque elevatório, depois de ter tido experiência a trabalhar com um outro em campanhas anteriores.
“O nosso processo de colheita é feito com uma vindimadora, três semi-reboques para transportar uva, e temos ainda reboques de apoio. Para conseguir carregar os semi-reboques, que nos permitem ser muito mais eficientes, porque utilizamos menos recursos, precisávamos de um reboque elevatório que nos permitisse descarregar a, pelo menos, três metros de altura. A alternativa, que seria escavar uma zona de descarga para o semi-reboque, simplesmente, não seria viável”, começou por contextualizar.
Apesar do reboque elevatório apenas ter chegado para a campanha de 2024, a experiência de Bruno Casqueiro com este tipo de reboque já vinha de trás. “Tive o primeiro contacto na empresa do meu pai, que já utiliza esta solução há alguns anos. Por isso, sabia as suas vantagens, mas também as características essenciais. Um reboque deste tipo tem de ser fácil de operar e seguro, com bastante estabilidade.”

Pontos essenciais: rapidez de operação e estabilidade
Também por isso, no processo de escolha do reboque elevatório que queria adquirir, Bruno optou por uma solução diferente daquela que tinha utilizado (fabricado no estrangeiro), tendo a escolha recaído na versão mais recente do Herculano S1EB 8000 ELV. “Sabíamos o que queríamos: segurança e velocidade de operação. Por isso, valorizámos bastante o facto do modelo da Herculano subir em paralelogramo, porque simplifica e torna mais seguro o descarregamento, nomeadamente na fase de subida”, começou por explicar. “É uma grande vantagem face aos equipamentos que trabalham com dois macacos, como aquele que utilizei no passado. Basta acionar o hidráulico e não temos de nos preocupar com mais nada.”

A versão em trabalho equipa com a caixa em inox, ideal para a vindima

Ainda que com apenas algumas semanas de trabalho, Bruno Casqueiro já é capaz de fazer uma apreciação à performance do equipamento. “O principal ponto que destacamos é a simplicidade da operação proporcionada pelo sistema de paralelogramo, e a segurança que o equipamento nos transmite, nomeadamente devido à sua largura. A velocidade da nossa operação aumentou. Números concretos ainda não sou capaz de apontar, pois dependem sempre do trator, da bomba, e do operador… No entanto, para um “operador médio” e tratores semelhantes, posso dizer que este reboque é claramente mais rápido do que o elevatório com que operava anteriormente”, avançou.

Sugestões de melhoria
Ainda assim, e tal como em todos os equipamentos, existem sempre melhorias ou inovações a introduzir. “Penso que seria positivo ter uma opção de central hidráulica independente, que permita operar com tratores com menos capacidade hidráulica, nomeadamente tratores vinhateiros. Outra melhoria seria uma porta traseira que abrisse quando o reboque bascula”, sugeriu Bruno Casqueiro. João Amaro, Gestor de Produto da Herculano, confirmou que estas são soluções nas quais a marca já se encontra a trabalhar.
Considerando o reboque elevatório “uma excelente opção para quem faça a vindima com semi-reboques ou reboques de três eixos”, o agricultor já considera adquirir mais um a curto prazo. “Deveremos aumentar a área para os 170 hectares e, nesse caso, é previsível que apenas um reboque não chegue. Quando precisamos de ter duas vindimadoras, por exemplo, um reboque elevatório apenas, torna-se curto”, explicou.

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