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Toda a família Claas foi trabalhar na ‘Fábrica Verde’

23/05/2019

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Dava já março os últimos suspiros e estavam verdejantes os prados da Galiza, um pouco mais que aqueles que, aquém fronteira, deixavam os agricultores preocupados com a míngua de chuva. Ali perto, em Lugo, corre o rio Minho, com nascente próxima na Serra de Meira, nos Montes Cantábricos. Em Castro de Rey, dir-se-ia que um vale de cenário quase alpino, mas sem o manto branco da neve, a pacatez matinal é subitamente açoitada por um bulício de homens e máquinas, empoeirada pela chegada de autocarros e castigada pela vozearia do mestre de cerimónias. A família Claas estava pronta e a Fábrica Verde preparada para a função: produzir forragem fresca.

Jose Ignacio Vega, diretor geral de Claas Ibérica, explica o modus operandi: “Isto não é uma demonstração de campo, não é um teste de campo. É uma ‘Fábrica Verde’, a nossa ‘Fábrica Verde’, apenas destinada aos fiéis clientes da família Claas e aos nossos concessionários, aos jornalistas especializados, com a certeza que ficarão cientes que tudo o que aqui apresentaremos é o máximo da indústria agrícola. Não falta nada para as operações forrageiras e tecnologicamente é o que existe de mais avançado. Tudo o que for feito no campo pelas máquinas será registado pela telemetria, pelo sistema Easy da Claas, que agrupa todos os sistemas de gestão de dados e de agricultura de precisão, e que poderão acompanhar pelo ecrã de televisão.”

 

Silagem de peso

A estrela da companhia, a ensiladora  Jaguar, surgiu na versão 960 com cabeça de recolha 300 Pick Up, com pilotagem GPS, com rodados e rastos Terra Trac. As atenções centraram-se não só pela imponência e aparato – é que o seis cilindros da Mercedes com 626cv faz mesmo sentir a sua presença -, mas acima de tudo pelo desempenho e por seguir com o reboque-carregador Cargos 8400, atrelado a um Axion 830.

Sob olhar atento dos portugueses, à volta de uma centena, em parte conduzidos por viagem organizada pela Agros, concessionária da Claas, mas também pela Agrovergeira, Samuel Salgado, Pulvilava e Socimavis.

Olho clínico
Liliana Guerreiro, prestadora de serviços agrícolas em São Teotónio, Odemira [também retratada nesta edição, na rubrica ‘Dois Dedos de Conversa’] esteve muito atenta aos trabalhos, dir-se-ia que por feitio profissional, de quem gosta das coisas bem feitas.

O “desfile” da maquinaria começou com a gadanheira Disco (duas laterais 1100 C e uma 3600 FC Profil frontal), acopladas a um trator Axion 960, a que se seguiu o volta-fenos Volto 900, atrelado a um Arion 440. Tudo teria uma ordem precisa, uma sequência de trabalho, como numa fábrica, pelo que o encenador mandou depois entrar o encordoador Liner 2900, puxado por um trator Arion 530.

Ao perfume da erva fresca e húmida cortada dificilmente alguém ficaria indiferente, mesmo que para os profissionais da agricultura não passe de odor do quotidiano. Mas que não deixam de dar a devida importância ao tacto, que mexer na erva e testar a sua textura é um dever do ofício. Assim, aos molhos, o produto cortado foi apreciado por mãos sabedoras.

 

O mesmo fez Liliana Guerreiro que, com olho clínico, admitiu que a afinação das alfaias poderia não ter sido a mais correta. E justificou por que o disse: “A forragem parece estar misturada com alguma terra.”

O autocarregador Cargos 8400, rebocado pelo trator Axion 830, fez o seu trabalho, recolhendo a carga até então produzida. Outros quinhões da parcela ficaram a cargo das enfardadeiras, primeiro a Rollant 455, em duo com o Arion 660, produzindo e envolvendo fardos redondos com filme plástico. Depois, a Quadrant 5300 RC, atrelada a um Axion 950, foi depositando no terreno fardos quadrados. Finalmente, a Jaguar fez a silagem que descarregava no Cargos. O trator Arion 630 com o carregador FL 120 C deu o melhor destino aos fardos e levou-os para o proprietário da quinta, para dar de comer ao gado.

A Claas também deu de comer aos seus convidados – o tradicional cozido galego. Mas com tanta verdura que colheu naquele campo não colocou nem uma couvezita no prato dos convivas. Um dia (quase) perfeito!

 

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