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Antigamente era assim...

Valvoline lubrifica há mais de 150 anos

05/09/2019

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É preciso recuar mais de 150 anos na linha do tempo, até 1866, para assinalar o engenho de John Ellis, quando ainda o transporte de pessoas e bens era feito por máquinas a vapor e por veículos de tração animal. Até ao dia em que aquele físico norte-americano descobriu que o líquido produzido a partir da destilação do petróleo em bruto, cumummente conhecido por crude, tinha boas propriedades de lubrificação.

Eclodiria, então, num futuro não muito distante, uma revolução na indústria do automóvel e dos lubrificantes, tudo feito com inovação. Num breve correr pelo tempo (tão vago quanto impreciso), diz-se do composto líquido ou pastoso que reduzia o atrito entre peças móveis que foi descoberto só depois da invenção da roda.


 

Egípcios foram pioneiros
Mas o precoce engenho dos antigos egípcios ainda hoje espanta os cientistas pela forma como deslocavam pesados blocos de pedra sem auxílio a maquinaria, mas fazendo-o sobre ramos de folhas e troncos de árvores. Sem que possa ser declarado lubrificante, já o princípio lá estava: reduzia o atrito entre os elementos em movimento. Outro vestígio do surgimento do primeiro composto pastoso – algo semelhante a sebo de boi ou de carneiro -, foi utilizado como lubrificante para as rodas do veículo que transportava o líder do povo.

Na Grécia, e nos primeiros Jogos Olímpicos (776 a.C.), nos eixos das rodas dos veículos das corridas com cavalos era igualmente aplicada gordura animal. O mesmo se passou no período Romano. Os povos do Norte da Europa, em demanda de novos territórios, usavam óleo de baleia para lubrificar os mastros e leme.

Com a Revolução Industrial, o que era manufaturado passou a ser feito por maquinação. A energia gerada pelo vapor e o aumento da fricção entre peças exigiu outro tipo de óleo. E voltamos a John Ellis, que em 1873 patenteou a Valvoline, a mais antiga inscrição registada como lubrificante.

O início do séc. XIX vibrou com o motor de combustão interna e a proliferação de marcas, de vários tipos de motor, sempre em evolução até aos dias de hoje. Logo em 1985 realizou-se a primeira corrida automóvel nos EUA, em Chicago. Venceu um veículo com motor de dois cilindros, de 1,75 cv e lubrificado com óleo Valvoline. Cultura desportiva que não mais deixou.



O óleo para a guerra
No início do séc. XX, a Valvoline continuou a ganhar tração até conquistar as graças da Ford Motor Company. Henry Ford e o modelo T deram-lhe um impulso promocional (ver outro texto). Foi pioneira na criação do primeiro óleo de motor dedicado à aviação e no segundo conflito mundial participou no esforço de guerra. Foi fornecedora de lubrificantes para os carros das forças aliadas e a publicidade deu-lhe asas para conquistar o apreço das famílias: “Se é suficientemente bom para uma frota do exército, também você pode usá-lo no seu carro de família”.

No pós-guerra, com a comercialização galopante do automóvel, a Valvoline desenvolveu o primeiro óleo de engrenagem para todos os fins, denominado X-18, que excedia as especificações dos fabricantes da época. O desenvolvimento tecnológico conduziu, em 1954, à oferta para os de maior performance, assim que nos EUA começaram a surgir os motores V8 – o All-Climate -, eliminando a necessidade de substituição do óleo do motor consoante as estações do ano. Mais possantes e rotativos, os carros de competição reclamavam lubrificantes específicos, pelo que nos anos 60 foi lançado o Racing Motor Oil, que se tornaria o mais vendido de todos os tempos. Mais recentemente, os sintéticos e de longa duração – Durablend e Maxlife.

A Valvoline começou por ser distribuída em Portugal pela Casa Catela, mas está a cargo da Krautli desde 1990, multinacional suíça que centrou a sua atividade nas ramos automóvel, de camiões, náutica, duas rodas e industrial, onde se inclui a agricultura, uma vez que dispõe de uma gama completa de produtos para tratores, e onde procura uma nova e mais forte visibilidade.


Henry Ford, cliente exigente e destemido
Precursor da linha de produção automóvel em série, em massa e a baixo custo, Henry Ford, engenheiro mecânico, fundador da Ford Motor Company, era um empreendedor nato e autor de mais de uma centena de patentes. E também um homem destemido. Assim se compreende que, em 1904, como forma de atrair atenções e investidores para o projeto Ford, obteve um recorde mundial de velocidade sobre terra, ao volante de uma máquina com motor de combustão interna, o “999” chamado Arrow (seta), com 100cv e registou a velocidade de 147 km/h. Fê-lo sobre o lago gelado de Michigan, e então já com a parceria da Valvoline. Poucos anos depois, o popular modelo T que saía da sua fábrica revelava um curioso aviso no tablier: “Este carro está cheio de óleo leve de motor Valvoline. Recomendamos seu uso. Nenhum outro óleo deve ser usado neste carro.

 

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