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“2021 está a ser um ano muito positivo”

07/11/2021

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Fotos: Workmove

A Covid19 apanhou todos de surpresa e a Galucho não foi exceção. Após um baque inicial, a verdade é que a reação foi melhor do que esperado. “Quando a pandemia surgiu ficámos, de facto, preocupados, tendo o impacto inicial sido muito forte nas vendas. No entanto, rapidamente nos adaptámos ao novo contexto, fomos antecipando as medidas de prevenção e conseguimos que a fábrica não parasse em nenhum momento. O segundo semestre de 2020 foi já de grande crescimento das vendas, acabando por ser um ano melhor do que 2019. Este inesperado dinamismo das vendas em tempo de pandemia continua em 2021 que até ao momento está a ser bastante positivo, com destaque para o mercado português. Estamos a crescer bastante acima do nosso Plano”, admitiu José Justino.

Reestruturar para inovar
Um dos motivos para um ano tão positivo está relacionado com o prosseguimento do processo de restruturação interna iniciado em 2018. “A pandemia colocou-nos perante novos desafios, mas, felizmente, apanhou-nos numa fase em que estávamos bem preparados, tanto a nível de recursos humanos, como de organização interna. As equipas trabalharam muito bem na resposta ao grande crescimento da carteira de encomendas, surgido em contraciclo com a contração da economia. Por outro lado, o facto de não termos podido realizar os eventos comemorativos do nosso centenário em 2020, deixou-nos margem e disponibilidade para investirmos na requalificação dos recursos humanos, na robótica e na racionalização do processo produtivo. Criámos também um departamento próprio de engenharia de desenvolvimento e melhoria de produto.”

Stock e fabrico interno
“No que se refere à escassez de matérias primas, o segredo foi termos conseguido antecipar o cenário, aprovisionando mais cedo do que é habitual e para um horizonte temporal mais alargado. O que não conseguimos evitar foi o aumento exponencial das matérias primas e componentes, por exemplo de mais de 100% no custo do aço no espaço de um ano, o que nos obriga a aumentar as nossas tabelas de preço, sem que, contudo, consigamos por essa via absorver na totalidade o impacto daqueles aumentos. Como fabricamos internamente a maioria das nossas peças e componentes, não ficámos dependentes das cadeias de abastecimento da Ásia e das dificuldades de logística associadas, por isso temos tido um ano quase sem quebras de abastecimentos. O facto de dispormos das matérias primas e as transformarmos “em casa” em peças e componentes, dá-nos também um melhor controlo da qualidade que queremos ter nas nossas máquinas. Esta é uma vantagem competitiva em que vamos continuar a investir, contrariando as tendências de recurso crescente ao ‘outsourcing’.

Formação interna e racionalização da gama
A falta de mão de obra é outro dos desafios que os fabricantes enfrentam. Na empresa de S. João das Lampas a solução pode estar, em parte, na crescente automatização do processo produtivo. “Já antes da pandemia existia falta de mão de obra especializada, o que nos levou a instalar um Centro de Formação interno, que, contudo, não consegue suprir todas as necessidades. Por isso temos que nos ir adaptando a esta situação que começa a ser estrutural. Uma das decisões que tomámos foi racionalizar a nossa gama de equipamentos, descontinuando a produção de alguns modelos cujas vendas tinham pouca expressão. Com estes novos desafios, temos que ter agilidade nas decisões para nos mantermos competitivos. Há mudanças que vieram para ficar. O caminho para os próximos anos: aumento da eficiência da fábrica, da qualidade e inovação e melhoria do serviço ao cliente, com uma forte aposta na redução dos prazos de entrega”, sintetizou.

“Máquinas para a vida”
“A nossa área de peças também foi reorganizada, passando a maioria dos pedidos a ser feita pelo portal Peças Online, que permite uma melhor gestão das encomendas. Este departamento gera um volume de negócio crescente e já significativo na nossa operação global. De facto, o vasto parque de máquinas Galucho espalhadas pelos campos de Portugal, algumas com dezenas de anos e ainda a trabalhar, necessitam permanentemente de peças de desgaste e de reposição. Mas também a nível global chegam quase diariamente pedidos de peças, de África, América Latina, Médio Oriente, de regiões exóticas como a Polinésia Francesa, as Caraíbas ou a Nova Zelândia e até de alguns países onde desde há muito não vendemos máquinas, fazendo jus ao lema “Máquinas para a vida”.

 

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