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Agarrar o futuro sem mãos

05/11/2021

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Fotos: Workmove

É um produto já muito disseminado no Norte da Europa e na Ásia e dá os primeiros passos nos Estados Unidos mas também em Portugal e Espanha. O Sistema de Autoguiamento GPS da FJ Dynamics chegou à Agroglobal 2021 através da Área400, uma empresa de consultoria agrícola, e promete dar que falar por ser simples, versátil e com vantagens financeiras em relação às marcas concorrentes que já apostam neste tipo de soluções.

“Não falamos de um produto novo, já existe em grandes marcas como a Trimble, ou a Topcon mas este com que trabalhamos utiliza um sistema nacional de correção de GPS RTK com 2cms de precisão efetiva na linha, e que trabalha gratuitamente na rede Renep, que nos tira os custos de subscrição anuais que as outras redes obrigam a ter e funcionamos também com uma estação base de modo a manter a qualidade do sinal do trabalho. É um sistema simples, constituído por um volante elétrico que substitui o volante original do trator, possui um monitor tátil de grandes dimensões que inclui todas as funções do sistema. É ainda compatível com o ISObus, dá para trabalhar com qualquer alfaia que seja compatível”, explica Paulo Pereira, engenheiro agrónomo e fundador da empresa, acrescentando que o objetivo primordial da FJ Dynamics, por agora, é claro: “A ideia da FJ Dynamics é expansão e a criação de um nome, dar a conhecer a marca no mercado pois é relativamente recente. Face às dificuldades que o setor da agricultura atravessa, dificilmente alguém se atira de cabeça numa coisa destas, mas essa também é uma vantagem do nosso sistema pelo custo mais acessível que apresenta em relação à concorrência. O nosso objetivo em Portugal é divulgar a marca, através do agricultor ou através das principais marcas de tratores a operar no nosso País.”

Ajudas desfasadas da realidade
Revelando entusiasmo por estar novamente perto dos clientes - “É bom voltar a vê-los e depois trazem-nos histórias de sucesso, o que sabe bem ouvir”, admite -, Paulo Pereira realça uma necessidade efetiva dos agricultores portugueses: a falta de formação para saber manusear os equipamentos mais avançados. “As ajudas são poucas e desfasadas da realidade. Continuamos a ver apoios à aquisição de equipamento, mas nenhuma ajuda à consultoria ou apoio técnico, ou seja, o agricultor investe nos equipamentos, mas depois não tem formação ou tempo para os utilizar eficazmente”, confessa.

Rentabilidade e simplicidade comprovadas pelo cliente
abolsamia falou com Diogo Clariano, da Servicl – Prestadora de Serviços Agrícolas, que utilizou o sistema de autoguiamento da FJ Dynamics a título experimental e ficou convencido. “É um produto com vários benefícios. Facilita muito nas manobras do trator e traz muita rentabilidade ao fim do dia. É um sistema intuitivo, o écrã é muito fácil de operar e o volante é fácil de montar e de substituir de trator para trator. Poupo no consumo de combustível, não há desperdício na aplicação de produtos no solo e depois tem um custo muito mais em conta, falamos de uma redução de 30 a 40% do preço em relação à concorrência, até mais pois é um equipamento com RTK e está desbloqueado para a rede Renep, não tem custos de aquisição do sinal de rede”, explicou, dando ainda uma prova de confiança: “Estou em negociações com a Área400 para instalar mais dois equipamentos.”

A Área 400
Fundada em 2008 por agrónomos, a Área400 é uma empresa de consultoria agrícola, que começou como uma spinoff da Escola Superior Agrária de Elvas, sendo pioneira na área da Agricultura de Precisão em investigação e comercial em Portugal, evoluindo em consultoria ou prestação de serviços para outras consultoras. “Quem aposte na agricultura racional, com método científico, pode contar com o nosso acompanhamento. Com os nossos serviços procuramos que o agricultor tenha menores custos e maior produtividade. Redefinimos sistemas de rega através da zonagem de parcelas, fazemos planos de fertilização a partir de estudos do solo, análises laboratoriais, condutividade elétrica aparente e muito trabalho de campo, este último continua a ser fundamental mesmo com a digitalização da agricultura”, indica Paulo Pereira (à esq. na foto, ao lado de João Ferreira).

 

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