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Agricultores portugueses juntam-se num protesto em larga escala

01/02/2024

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Esta quinta-feira amanheceu com os protestos generalizados dos agricultores portugueses um pouco por todo o país. As manifestações pacíficas, em marcha lenta, com tratores e máquinas agrícolas têm afetado o trânsito em várias estradas e levado mesmo ao corte temporário de vias como a A6, em Elvas. Segundo um comunicado da GNR, na Guarda, a concentração de cerca de 200 tratores, está a condicionar o trânsito na A25. Em Portalegre, na fronteira do Caia no sentido Portugal-Espanha uma marcha lenta, também com cerca de duas centenas de tratores, coloca muitas dificuldades à passagem pela zona. Já em Santarém há uma concentração de 100 tratores na Golegã a condicionar a passagem na ponte da Chamusca. Em Beja, entre Vila Verde e Ficalho, na Estrada Nacional 260, uma concentração de cerca de 45 tratores e quatro viaturas pesadas também afeta a normal fluidez do trânsito.

Agricultores exigem valorização do setor
Os agricultores portugueses exigem a valorização do setor e condições justas, num protesto que segue uma tendência que tem alastrado um pouco por toda a Europa, com destaque para França e Alemanha.
Este protesto em larga escala em Portugal foi uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores e, curiosamente, decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 500 milhões de euros de apoios à agricultura, destinados a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).

“[…] Para fazer face ao impacto da seca no nosso território, o Governo está em condições de apresentar um apoio à produção de 200 milhões de euros para todo o país”, anunciou a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças, Fernando Medina, em Lisboa.

Maria do Céu Antunes anunciou também uma linha de crédito de apoio à tesouraria, no valor de 50 milhões de euros e com taxa de juro zero.
Por outro lado, o Governo vai baixar o ISP [Imposto sobre os Produtos Petrolíferos] do gasóleo agrícola para o mínimo permitido, “uma redução de 4,7 cêntimos por litro para 2,1 cêntimos”.

Para os agricultores em protesto, esta é uma medida de carácter temporário e o que exigem é se que se passem das palavras aos atos e que esta atividade crucial ao país seja devidamente valorizada, sob pena de muitos terem de abandonar o setor por falta de condições económicas para manterem as explorações.

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