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AJAP defende reforço urgente do apoio aos Jovens Agricultores

24/03/2025

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O documento divulgado pela AJAP, destaca a urgência de reforçar os incentivos aos Jovens Agricultores, implementar a Estratégia Nacional “Água que Une” e descentralizar a gestão dos apoios, de forma a responder melhor às especificidades das diferentes regiões agrícolas.

Entre as medidas propostas, a AJAP defende a reformulação do prémio de primeira instalação, com a criação de um escalão intermédio e majorações para zonas vulneráveis. Considera que os atuais valores, embora positivos, são insuficientes para muitos jovens viabilizarem as suas explorações nos primeiros anos de atividade.

A associação volta a insistir na criação de um sistema de apoio técnico especializado, que envolva diretamente as organizações do setor agrícola. A proposta inclui a mobilização de técnicos com conhecimento do terreno e a ligação à plataforma de conhecimento e inovação agrícola (Sistema AKIS - Agricultural Knowledge and Innovation System), como forma de promover uma agricultura mais sustentável, eficiente na gestão dos recursos naturais e alinhada com as exigências climáticas e de mercado.

Outras prioridades incluem o reforço do acesso ao crédito e à terra, com a proposta de criação de linhas de financiamento bancário específicas para o setor agrícola, com juros bonificados e prazos alargados, nomeadamente para aquisição de terrenos. A AJAP propõe também a reformulação do atual modelo de seguros agrícolas, que abrange apenas cerca de 25% dos agricultores, tornando-o mais acessível e adaptado às realidades do setor.

No domínio das infraestruturas, a associação sublinha a importância da execução da estratégia “Água que Une”, que prevê um investimento de 5 mil milhões de euros em 15 anos, incluindo novas barragens, interligações regionais e reutilização de água. Defende que esta estratégia deve ser assumida como prioridade nacional, independentemente de mudanças políticas.

A AJAP apela ainda à valorização da figura do Jovem Empresário Rural, criada em 2019, como peça-chave no combate à desertificação e dinamização económica dos territórios de baixa densidade. Para a associação, a meta atual do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) – instalar 2.061 jovens até 2027 – é insuficiente e deveria ser alargada para pelo menos 2.500 novos agricultores.

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