Notícias

Entrevista

Foco na Inovação e no Serviço ao Cliente

09/10/2024

Partilhe:

Entrou na Galucho em 2017 e celebra em 2024 três anos enquanto CEO. Que balanço faz?
O meu percurso na Galucho até chegar a CEO foi progressivo e sempre focado na gestão operacional da empresa. Entrei no início de 2017 como Diretor Financeiro e de Suporte, tendo em 2019, sido convidado para Diretor Executivo, ficando com a supervisão operacional de todas as áreas da empresa. Há cerca de quase três anos fui convidado pelo Dr. José Justino, presidente do Conselho de Administração da Galucho, a assumir as funções de CEO.
Este período desde 2017 ficou marcado por grandes desafios e por muitas mudanças a nível interno e de reorganização da empresa, mas também por um grande crescimento a nível de vendas quer a nível nacional quer internacional. A Galucho alcançou nestes últimos anos, de forma consecutiva e consolidada, resultados positivos, o que é um track record da empresa, performance que permitiu a consolidação e a solidificação do processo de reestruturação que temos vindo a implementar há vários anos. Registámos também um crescimento ao nível dos resultados no mercado nacional e internacional, quer a nível do mercado agrícola quer a nível do mercado dos equipamentos de transporte de mercadorias, área de negócio esta que tem tido crescimento das vendas em Portugal e no estrangeiro.
A nossa génese enquanto empresa é agrícola, algo de que nunca nos esquecemos e que muito valorizamos, por isso, outra das nossas prioridades passou pelo desenvolvimento de novas soluções para o setor agrícola. Nos últimos anos, além da estratégia de crescimento, promovemos o lançamento de vários novos produtos, o que nos permitiu também uma reaproximação dos Clientes, respondendo às suas necessidades, tendo nós dinamizado várias ações de divulgação com a nossa forte presença no terreno, procurando cada vez mais envolver os nossos Clientes na vida e no dinamismo da Galucho.
Olhando aos maiores desafios que vivemos neste período além de termos passado por uma pandemia que alterou o estilo de vida e o modo de trabalhar de todos nós, tomámos a decisão, desde o início do processo de reestruturação, de “atacar” de frente algumas melhorias estruturais que entendíamos necessárias implementar. Focámo-nos na modernização e otimização dos métodos de produção existentes, com forte aposta na robotização, que nos permitiram produzir um produto cada vez melhor e de forma mais rápida, na transformação digital para aumentar a agilidade e eficiência das nossas equipas, na atração e retenção de talento mais qualificado, na realização de ações para melhorar o serviço e a experiência do Cliente e na inovação e evolução da nossa gama de produtos.  Ao longo destes quase oito anos, a nossa equipa implementou medidas que nos permitiram melhorar significativamente em todos estes campos.
Claro que sentimos que existe ainda espaço para melhorarmos, pois queremos evoluir ainda mais, especialmente no que diz respeito ao serviço ao nosso Cliente, área chave para a Galucho, mas estamos satisfeitos com o caminho que percorremos em comunhão e forte interação com a nossa rede de concessionários em Portugal, os quais têm sido essenciais para a consolidação e crescimento da Galucho.
Resumindo, o balanço é extremamente positivo. Conseguimos construir uma equipa capaz de entregar um serviço cada vez melhor aos nossos Clientes, com maior proximidade com eles, consolidámos a nossa presença no mercado nacional como líder de mercado nas áreas em que estamos presentes no setor agrícola, inovámos e desenvolvemos a nossa oferta através do lançamento de novos produtos, melhorámos a qualidade do nosso serviço pós-venda e prazos de entrega. A par disto, conseguimos voltar a dedicar-nos ao mercado de exportação, tendo alcançado um crescimento significativo e aberto novos mercados.
Obviamente, este é um trabalho de equipa e além de agradecer o enorme contributo que todos os nossos colaboradores, concessionários, parceiros e Clientes tiveram para este dinamismo positivo que hoje se vê e sente na empresa, não queria deixar de salientar e agradecer à nossa Administração, e de uma forma muito especial ao Dr. José Justino, Presidente do Conselho de Administração, pelo apoio e confiança que sempre me foi transmitida e pela sua dedicação, proximidade e alinhamento com a equipa de Gestão Executiva da Empresa, fatores que acredito têm sido fundamentais e essenciais para a obtenção dos bons resultados que temos obtido.

Em quase oito anos foi possível identificar novas tendências no mercado de máquinas agrícolas nacional?
Diria que a grande tendência diferenciadora a nível nacional foi o crescimento - não só da área cultivada, mas também no volume de negócio - do setor oleícola. Isto levou a Galucho a ter de se adaptar, não só ao nível da estratégia comercial, mas também em termos da nossa oferta de produto. Olhando para o futuro, além de continuarmos a consolidar os nossos segmentos de produto “tradicionais”, queremos cada vez mais apostar no setor florestal e nas culturas especializadas (olival, pomar e vinha). Queremos e vamos desenvolver estrategicamente a nossa gama de produto nestas áreas nos próximos anos.

Uma das suas imagens de marca enquanto CEO da Galucho foi a aposta na Inovação e Desenvolvimento, que se traduziu no lançamento de mais de sete produtos (só na área agrícola) nos últimos dois anos. Quais foram os principais desafios enfrentados no desenvolvimento e lançamento destes produtos, especialmente considerando o contexto do mercado agrícola em que ocorreram?
Cedo detetámos que a Inovação e o Desenvolvimento de novos produtos teriam que ser o motor do desenvolvimento futuro da Galucho. Numa fase inicial, focámo-nos bastante no desenvolvimento de conceito, prototipagem e testagem, pois não queríamos apresentar ao mercado qualquer novidade sem ter soluções maturadas e testadas. Isso obrigou-nos a prolongar as janelas de desenvolvimento. Dentro dos lançamentos que fizemos destacaria a grade rápida GDR, que penso que irá ser um produto com grande implementação no mercado nacional, a nova grade de desmatação para o setor florestal, o reboque elevatório e a nova gama de cisternas. São soluções diferentes daquelas que existem no mercado, em setores que estão em crescimento, e onde detetámos que queríamos ter uma oferta de produtos mais ampla e diversificada.
Além dos novos produtos, fizemos também um amplo trabalho de melhoria e modernização de equipamentos já existentes, destacando a gama de reboques PB e, mais recentemente, do MG. Em relação a este último, em 2024 fizemos um verdadeiro facelift, mudando a esquemática e o processo de pintura - aumentando a qualidade e tornando-a mais durável e resistente à abrasão-, mudando a configuração ao nível da estanquicidade, conforto de utilização (com a introdução de escadas e alteração do varandim), tornando-o assim um produto ainda mais preparado para uma utilização intensiva.

Grade rápida GDR: A fase de testes em clientes finais mostrou a multiplicidade de aplicações que esta grade pode ter. Foi testada em várias culturas, em diferentes localizações, tendo o feedback obtido sido “bastante positivo”, segundo Nuno Gama Lobo. Esta fase de testagem permitiu à Galucho incorporar no produto final, agora disponível, algumas melhorias sugeridas pelos clientes onde a máquina foi testada.

Que lições retiraram destes lançamentos que possam influenciar a forma como a Galucho abordará futuros desenvolvimentos de produto?
Queremos cada vez mais conseguir aproveitar a complementaridade de componentes que já produzimos internamente para o desenvolvimento de novas máquinas. Temos um acervo de mais de 36.000 componentes projetados, desenvolvidos e produzidos internamente e queremos que, cada vez mais, estes tenham um uso recorrente e transversal a várias máquinas.
As peças originais Galucho, produzidas integralmente nas nossas fábricas, asseguram a longevidade, performance e a qualidade do trabalho executado pelas nossas máquinas, pelo que é fundamental que os nossos Clientes usem apenas peças originais Galucho.

-ler-mais-

Partilhe:
Partilhe:
Pesquisa

Vídeos mais vistos

Vídeos mais vistos