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Como controlar 900 hectares de rega gota a gota no terreno?

17/07/2024

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Há cinco gerações que a família Relvas está envolvida na agricultura, embora só em 1997 se tenha instalado no Alentejo, mais concretamente em São Miguel de Machede, no Redondo. “Somos uma empresa familiar que está ligada ao setor agrícola há cinco gerações. Em 1997, iniciámos este projeto aqui na Herdade de São Miguel e, em 2001, plantámos os primeiros 10ha de vinha. Fomos crescendo e, com 300ha plantados e 8 milhões de garrafas produzidas, somos hoje, no setor vitivinícola, um dos principais players do Alentejo”. As palavras são de Alexandre Relvas, Diretor Geral do Grupo Casa Relvas, e expressam a importância que a empresa adquiriu nesta área de atividade.

Alexandre Relvas é Diretor Geral do Grupo Casa Relvas

Mas esta não é a única onde a Casa Relvas está apostada em vencer. “Mais tarde entrámos no setor oleico e hoje temos 350ha de olival e um lagar próprio na Vidigueira. Mais recentemente, há cerca de dois anos, plantámos o primeiro amendoal e, quando atingirmos a velocidade de cruzeiro, queremos ter cerca de 300ha de área plantada. Em relação à vinha, a plantação é toda em sebe, enquanto no olival temos cerca de 40ha em copa e o restante em sebe. O amendoal é maioritariamente em sebe mas também temos em copa. Por fim, e rematando, a parte vegetal, ainda temos 1000ha de floresta espalhados pelas Herdades de São Miguel, da Pimenta, dos Pisões e da Alápega”.

Do controlo da rega ao maneio das ovelhas
Para além destes quatro setores de produção agrícola, a empresa fez uma aposta recente na pecuária, com cerca de 1000 ovelhas, e na criação de cavalos. “Temos cerca de 9 ATV que desempenham um papel preponderante no maneio das ovelhas, controlo de rega, e ajudam na manutenção das instalações dedicadas à criação de cavalos de desporto”. Quando questionado sobre o porquê da integração de ATV, e em particular sobre a aposta na Yamaha, nas atividades diárias da Casa Relvas, Alexandre Relvas é perentório, “os ATV têm um papel fundamental na nossa atividade. O controlo da rega gota a gota, e temos 900ha plantados nestas condições, é feito por colaboradores aos comandos de ATV. Obviamente que muito desse controlo é feito por meios informáticos, mas as idas ao terreno são feitas por ATV. Sempre que um setor está a regar, percorremos a dita parcela, em tempo real, para repararmos alguma falha ou alguma rutura que provoque um uso desnecessário de água e a reduzir a boa rega da planta. Entre maio e outubro temos 9 ATV a percorrer estas parcelas para garantirmos uma rega mais eficiente e sustentável. Além disso, na fase da colheita do olival em copa, também utilizamos os ATV para puxar as redes. Na pecuária, e como referi, além do maneio das ovelhas, que vêm dormir todas as noites num ovil, também utilizamos os ATV para distribuição de rações e de fardos”. Para Alexandre Relvas a utilização dos ATV comporta algumas vantagens, “para mim, os principais argumentos deste veículo são a rapidez na deslocação, a forma como se move rapidamente de um local para o outro, a agilidade, já que são pequenos e leves e circulam com destreza entre as linhas e em locais quase inacessíveis, a facilidade de utilização e, por fim, a menor compactação do solo quando comparados com outros veículos”.

Fiabilidade é um atributo decisivo
Com uma utilização muito intensa anualmente, que deverá rondar um total de 8 mil horas no conjunto dos ATV, a fiabilidade ganha, naturalmente, uma importância acrescida. “A aposta da Casa Relvas na Yamaha prende-se com o facto de poderem ser matriculados e circularem livremente entre as herdades sem necessidade de serem transportadas, mas, acima de tudo, pela fiabilidade dos componentes e pela excelente relação qualidade/preço.  Não são as mais baratas, nem as mais caras, mas são das mais fiáveis. Outro argumento é a assistência pós-venda e o apoio permanente do concessionário local (Motévora). Nós utilizamos os ATV para trabalhar, não é para lazer. Não podemos ter, durante a campanha da azeitona, um ATV parado durante quatro ou cinco dias à espera de assistência. Daí darmos tanta importância à fiabilidade e ao apoio pós-venda”.

Pelas razões já apontadas, Alexandre Relvas, decidiu incorporar os ATV nas atividades agrícolas da empresa quase desde o início. “Temos ATV na Casa Relvas desde 1998. À medida que as explorações foram crescendo, o número de veículos, obviamente, também foi aumentando. Uma das nossas preocupações desde que decidimos adotar os ATV foi com a segurança dos operadores. Tentamos que cumpram sempre as regras de segurança e damos formação nesse sentido, até com algum apoio da Yamaha. O ATV é muito fácil de manobrar e uma excelente ferramenta de trabalho, mas se for mal utilizado pode ser perigoso”.

Cada vez mais sofisticadas e resistentes
Voltando à questão da fiabilidade e da evolução tecnológica, Alexandre Relvas enaltece as melhorias na refrigeração dos motores. “A evolução na refrigeração dos motores é espantosa. Estamos a falar de veículos que andam, durante a campanha de rega, a 6/7 km/h durante várias horas seguidas e muitas vezes sob um calor intenso e com imenso pó. Nós temos atenção ao desgaste dos componentes e às manutenções preventivas. Na Vidigueira temos mecânico próprio e aqui, na Herdade de São Miguel, recorremos à assistência da Motévora, por isso esta é uma faceta que não descuramos e que também contribui para a maior durabilidade das máquinas”.

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