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Poda em taça: um regresso ao futuro?

12/12/2024

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Mão de obra e escaldões obrigam a novas soluções
“Observamos desafios crescentes no setor vitivinícola a nível global, principalmente em relação à mão de obra. Não é só uma questão de custo; é uma questão de haver pessoas disponíveis para o trabalho”, começou por explicar Didier Andelfinger, Gerente da Provitis. Esta escassez tem feito com que muitos produtores de vinho procurem alternativas para manter as suas vinhas, e um sistema de poda diferente é uma dessas soluções.

O modelo de poda em taça, também conhecido como box pruning, está a ser adotado em regiões diversas, permitindo a redução de estruturas como as treliças e da dependência de trabalho manual para levantar os braços da videira na posição vertical. “A treliça é cara de manter e demanda bastante mão de obra. Com a poda em taça, é possível reduzir drasticamente essa necessidade, já que a videira cresce de forma semelhante a um arbusto, sem necessidade de arames laterais ou verticais,” explicou Andelfinger. Além disso, em regiões com temperaturas elevadas, como o Alentejo, a poda em taça protege melhor a planta contra os escaldões.

Modificar o sistema de poda
Para novas plantações, a implementação da poda em taça é relativamente simples. No entanto, vinhas já estabelecidas em treliça enfrentam dificuldades na adaptação. Com essa limitação em mente, a Provitis desenvolveu a MPH422, uma máquina versátil, capaz de operar em vinhas de poda em taça ou em vinhas adaptadas a este sistema.
“Depois de três anos de desenvolvimento, temos agora um equipamento robusto, sem eletrónica complexa, mas altamente adaptável a diferentes cenários. Iniciámos a sua comercialização no ano passado e já temos 15 unidades em funcionamento,” contou Andelfinger. A MPH422 trabalha de forma eficiente: primeiro poda os lados, enquanto os discos da pré-podadora cortam os ramos verticais, adaptando-se às condições da vinha.

Tecnologia que facilita o trabalho
Uma inovação adicional é o software de leitura do cordão desenvolvido pela Provitis. Este sistema NIR (espectroscopia de infravermelho próximo) pode ser instalado na MPH422 como um kit independente, oferecendo uma leitura precisa da densidade e dimensão do cordão. “O operador só precisa de colocar a máquina em posição e ativar a leitura, facilitando a operação,” finalizou Andelfinger.

Poda mínima e pré-poda na mesma passagem

 

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